Sentado a beira do cais,
tendo o rio como testemunha
ouço gritos
de dor
de lamento
e resistências.
Navios negreiros
Atracam,
Negros
Índios
Açúcar
Mercadorias.
O barulho alto não me deixa
decifrar o que as pedras me falam.
Modelo de construções
pelourinho, grilhões
pedras marcadas como cicatrizes,
teatro de horrores.
Ouço tambores de congo,
Berimbau com som de plástico, casacas
guerreiros(as), dançam.
Tenda armada
Todos reunidos:
Impossível não Lembrar da resistência,
Lutando contra a opressão
Clamando por justiça
Acreditando que um outro mundo é possível...
Wilson Jr.
São Mateus, Julho de 2005.
2 comentários:
Porto de São Mateus, julho de 2005
meu irmão. O Blog ta muito legal! A partir de agora serei um assíduo frequentador. Grande abraço! Joci.
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