Era um bicho do mato, que vivia plenamente
produzindo e reproduzindo a vida coletivamente.
Hoje vivi ser humano, aprisionado na selva de pedra
Por ele construído pra ser alimento e abrigo.
Ao levantarem as cercas não se deu conta do perigo,
do fruto do seu trabalho foi expropriado (roubado).
Depois de um tempo, naturalizou-se solitário
Achado que tudo podia, senhor do seu próprio destino.
Agora vive intimidado, acuado, cabisbaixo
procurando no fundo do seu eu
alguém ou algo que possa justificar sua existência.
Cruz credo, Aleluia, Saravá
Sinto muito meu amigo não adiantam apelar
Sozinho não é possível enfrentar o capitalismo
e seu modelo civilizatório.
e seu modelo civilizatório.
Com seus esqueletos nos borrões
Sua fé empacotada
Sua moral patriarcal
Sua propriedade privada
Em suas veias, correm rios pastosos envenenados de lixo e agrotóxico
Sua alma cheira a sangue de negros e índios,
homens, mulheres, jovens, pobres favelados.
homens, mulheres, jovens, pobres favelados.
É preciso se emanar
Se reconhecer no outro
Agrupar -se
entrincheirar-se
Coletivizar -se
Caitituzar-se
26 de junho de 2015
Wilson Jr
2 comentários:
Concordo plenamente!!!!
Grandioso poeta!
Abraços amigo.
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